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Anderson Proença

SUPER/MAN: A HISTÓRIA DE CHRISTOPHER REEVE – CRÍTICA (SEM SPOILER)

Atualizado: há 2 dias

"Ele foi o Superman desde do primeiro dia." Richard Donner


Quando eu vi no título do documentário escrito dessa forma SUPER/MAN e não SUPERMAN como conhecemos, ali ficou bem claro que o que seria mostrado era o HÉROI e o HOMEM, parecida como enxergamos o SUPERMAN e o CLARK, mas nesse caso o PERSONAGEM e o CHRISTOPHER REEVE, nós fãs não conseguimos desvincular essas personas pelo simples fato que ele será sempre lembrado como o icônico SUPERMAN (E nesse momento toca o famoso tema do maestro John Williams na sua cabeça).


SUPER/MAN: A HISTÓRIA DE CHRISTOPHER REEVE mostra de forma grandiosa toda vida do ator, uma ascensão surpreendente do ator desconhecido a astro de cinema, e sua interpretação insuperável que estabeleceu a referência para os universos cinematográficos de super-heróis. Sendo seu papel mais famoso, que ele interpretou em quatro filmes, começando pelo filme Superman de 1978 dirigido pelo Richard Donner (para qual foi indicado a um prêmio BAFTA), até Superman IV: Em Busca da Paz de 1987. Reeve tambem recebeu um Screen Actors Guild Award e uma indicação ao Globo de Ouro pelo seu desempenho no telefilme Janela Indiscreta de 1998, remake do clássico de 1954 dirigido por Alfred Hitchcock e originalmente estrelado por James Stewart.



A relação de Reeve com o hipismo inicio quando ele foi escalado para o filme televisivo Anna Karenina de 1985, começou a ter aulas de hipismo para o seu personagem. No entanto, a experiência com cavalos foi difícil, uma vez que ele era alérgico aos animais e teve que tomar anti-histamínicos para seu problema.


Seu cavalo pessoal se chamava Buck, e foi com ele que praticou a maioria de seus treinos e disputou alguns campeonatos, conquistando o quarto lugar entre 27 participantes logo em sua estreia.


Em uma prova, no ano de 1995, Reeve estava preocupado com duas etapas de um circuito que acabaria por encarar, os obstáculos de número 16 e 17 pareciam um grande desafio, entretanto, ele e Buck conseguiram passar com maestria. O problema, no entanto, foi durante o obstáculo seguinte, uma cerca com pouco menos de um metro no formato de 'W'.


Já em direção a esse obstáculo, Buck fez uma brusca pausa, se recusando a pular sobre o obstáculo. Com isso, Christopher acabou sendo lançado com o impacto, passando por cima da cabeça do cavalo. Com a queda traumática, ele acabou caindo de cabeça na cerca, fraturando a primeira e a segunda vértebra, fazendo com que ferisse de maneira grave a espinha cervical — o deixando incapacitado de se mexer do pescoço pra baixo.



O documentário mostra os erros cometidos pelo Christopher Reeve na vida pessoal, o descontentamento dele com a sua carreira que foi afetada pelo personagem Superman, que ele queria papeis (segundo ele "melhores") para mostrar o quanto ele era bom ator, que na maioria dos filmes que fez não alcançava o êxito que se esperava, ao ponto dele fazer fimes menores para poder pagar as contas.


A relação da amizade do ator Robin Williams e o Reeve que se iniciou nos anos 70, quando os dois eram estudantes na renomada escola de artes Juilliard School em Nova York. Robin Williams estava sempre presente nas causas do amigo, como um porta voz ajudando na divulgação e arrecadação da Christopher Reeve Paralysis Foundation.



Outro ponto que me impressionou bastante, foi o merecido destaque dado a Dana Reeve esposa do ator, mostrando como ela foi forte ao encarar todo o ocorrido, amando e o apoiando incondicionalmente, além de cuidar do seu filho pequeno, tambem cuidava dos outros 2 filhos do primeiro casamento do Reeves durante todo o processo pós o acidente. Em dado momento Reeve sentia que tinha arruinado a vida dele e de sua família, ao ponto de ser cogitado a possibilidade de desligar os aparelhos e deixa-lo ir. Mas Dana lutou pra que isso não fosse feito e quando ela chegou no hospital ao encontra-lo segundo palavras do Reeve "Então ela disse, as palavras que salvaram a minha vida. Você ainda continua sendo você e eu te amo."

E toda essa jornada gerou a Christopher Reeve Paralysis Foundation que luta por pesquisas com células-tronco, visando a melhorar a condição de vida de pessoas como ele, mas a todas as pessoas que passavam pelo mesma situação e se sentiam desamparadas. O reconhecimento de toda luta veio quando Barack Obama que na época era Presidente dos Estados Unidos, sancionou a lei de paralisia Christopher e Dana Reeve.


A dedicação de Christopher e Dana Reeve para curar lesões na medula espinhal e melhorar a qualidade de vida de indivíduos, cuidadores e famílias afetados pela paralisia, continua por meio da Fundação Christopher & Dana Reeve.

Junte-se à comunidade e envolva-se hoje em ChristopherReeve.org/donate.



Sei que muitas pessoas não gostam de documentários, mas se você é da geração com mais de 40 anos que viu os filmes na TV e (ou) no cinema, não perca essa oportunidade de vê na telona e se emocionar com essa história de superação.


Tem um momento no documentário que o Christopher Reeve diz "Todo mundo procura um herói, eu não sou um herói. Eu interpretei um papel, não sou aquele homem."


O que eu presenciei junto a plateia emocionada daquela sessão, é que o HOMEM se tornou o verdadeiro significado da palavra HERÓI.


EU RECOMENDO

NOTA: 10/10


Diz aí nos comentários.

Já viu o documentário? Se gostou, mande suas impressões.


Espero que tenham gostado do conteúdo, deixa sua opinião.

Eu sou o Anderson Proença e até a próxima crítica.

 

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