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PACTO DE REDENÇÃO – CRÍTICA (SEM SPOILER)

"Por que não liga pra quem é o cara? Em dez minutos, o cara não vai ser ninguém.”

O carismático e premiado ator Michael Keaton teve uma fase com papéis bem fracos e com pouco destaque após o filme Jackie Brown de 1997 dirigido por Quentin Tarantino e isso o colocou num certo limbo na carreira durante um bom tempo, até o lançamento do filme Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância) do diretor Alejandro González Iñárritu de 2014, quando sua carreira começou a entrar nos eixos novamente, sendo indicado ao Oscar 2015 de Melhor Ator, ao SAG Awards 2015 de SAG de Melhor Ator em cinema, ao BAFTA de Melhor Ator em cinema, e vencendo o Globo de Ouro de 2015 de Melhor ator - comédia ou musical.

E ali ficou bem claro um amadurecimento como ator, e nessa retomada Keaton participou de outros filmes com personagens bem legais como; Spotlight: Segredos Revelados de 2015, Fome de Poder de 2016, Homem-Aranha: De Volta ao Lar de 2017, e a tão aguarda volta do Batman de 1989 no filme The Flash de 2023, e também a volta do Beetlejuice do filme Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice de 2024.


E um dos seus grandes momentos na carreira foi a série Dopesick de 2021, que lhe rendeu vários prêmios como; O Emmy do Primetime: Melhor Ator em Minissérie ou Filme, Globo de Ouro: Melhor Ator em Minissérie ou Filme para Televisão, Sindicato dos Atores: Melhor Ator em Minissérie ou Telefilme e o Critics' Choice Television Award: Melhor Ator em Minissérie ou Filme para Televisão.

Então chegamos ao filme Pacto de Redenção, segundo filme dirigido pelo ator Michael Keaton, que na trama seguimos a história de John Knox é um assassino de aluguel diagnosticado com uma forma rápida de demência, uma condição rara. Antes de perder completamente o controle da sua mente, ele recebe a oportunidade de se redimir salvando a vida do seu filho adulto, Milles, com quem não tinha contato há cinco anos.


O filho resolve o procurar desesperado por ajuda para encobrir um crime que cometeu. Como uma tentativa de se reconectar com Miles e escapar da prisão, ele vai atrás de Xavier e juntos vão tentar de tudo para que o sucesso dele seja garantido, incluindo correr contra a polícia que se aproxima dele, bem como o relógio correndo de sua própria mente em rápida deterioração.

O ponto forte desse filme é atuação do Michael Keaton que tem um personagem muito bom e muito bem desenvolvido, que consegue mostrar as gradativas mudanças do personagem na evolução da sua demência, com momentos de silêncio e esquecimento muito bem colocado pelo Keaton que facilmente leva o filme nas costas. Criando aquele ambiente de instabilidade no decorrer da passagem do seu curto tempo de consciência dos fatos.


Principalmente sendo ele um cara que não se permite errar pelo simples fato de ser um assassino treinando pra ser invisível nos seus trabalhos, mas que infelizmente começa cometer pequenos erros dificultando seu grande plano de ajudar seu filho, tentando criar uma conexão perdida depois de todo seu afastamento da família.

O Miles filho de Knox interpretado pelo ator James Marsden, também faz um contraponto interessante do filho que perdeu a conexão com pai ao descobrir como ele ganhava o sustento da família, mas que agora nessa "segunda chance forçada" esta tentado uma conexão que a doença da demência infelizmente não vai permitir.


Com isso James Marsden mostra uma série de sentimentos e comportamentos que consegue tirar interpretações bem interessantes, principalmente quando esta em cena com Michael Keaton mostrando uma química bem sofrida de pai e filho.

Já a direção de Keaton consegue aproveitar bem seus atores com momentos bem interessantes, já em outros atores ficam meio subutilizados como Al Pacino que é o grande mentor do Keaton, e que poderia ter sido melhor explorado até mostrando algo do passado deles, pra entendermos melhor o motivo do Knox confiar tanto e sempre usa o Al Pacino como confidente dos seus trabalhos.

 

Já na parte investigativa da história é mostrado sem muitos cuidados nos detalhes do processo, rolando algumas passagens inteligentes e outras facilitadas e obvias demais, mostrando a policia muito perdida até que as peças começam a se encaixar pra a policia chegar ao Knox como testemunha ou possível assassino, mesmo com algumas falhas que ele deixou pelo caminho.

 

O filme perde bastante na questão da montagem, deixando o filme arrastado, acredito que tudo poderia ter sido construído de forma mais caótica, explorando demência como um estilo narrativo, criando mais confusão na trama, tornando o suspense ainda mais forte, deixando o expectador mais agoniado pensando em como ele conseguirá colocar o plano dele em prática com toda essa desordem metal.

Outro ponto pouco explorado foram as habilidades do Knox como matador, que poderiam ter gerado mais cenas de ação e deixado o filme mais ágil nesse sentido, já que as poucas cenas ação existentes no longa são bem interessantes, mas Keaton opta em seguir mais pro drama das consequências da doença.


 O filme como um todo é positivo, existem fatores bem interessantes de premissa, personagens, as motivações, e até no desfecho que tem uma reviravolta que me agradou bastante, mas como isso tudo se conecta é bem problemático prejudicando algo que poderia ter sido bem melhor desenvolvido dando mais peso pra trama.


EU RECOMENDO

NOTA: 6,0/10

 

Diz aí nos comentários.

Já viu o filme? Se gostou, mande suas impressões.


Espero que tenham gostado do conteúdo, deixa sua opinião.

Eu sou o Anderson Proença e até a próxima crítica.

 

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