top of page

OS FANTASMAS AINDA SE DIVERTEM: BEETLEJUICE BEETLEJUICE – CRÍTICA (SEM SPOILER)

“Besouro Suco! Besouro Suco! Besouro...”

O ano era 1988 quando fomos apresentados ao filme OS FANTASMAS SE DIVERTEM dirigido por Tim Burton, cujo a trama gira em torno do casal Barbara e Adam Maitland que moram em uma casa de campo em Winter River.


Um dia, ao dirigir para casa depois de uma ida à uma loja de ferragens, eles desviam seu carro de um cachorro em cima de uma ponte de madeira e acabam caindo no rio. Quando os dois voltam para casa, eles descobrem que não conseguem se lembrar como voltaram.


Não tendo nenhuma lembrança do evento, Adam tenta sair de casa, mas ele entra em um deserto estranho com monstruosos vermes da areia. Eles encontram um livro intitulado "Manual para os recém-falecidos" e percebem que morreram afogados no acidente de carro e que agora estão presos como almas assombrando sua antiga casa.


Que é comprada pela família Deetz; Charles, sua segunda esposa Delia, uma escultora; e sua filha adolescente gótica Lydia, de seu primeiro casamento.


O casal Maitlands voltam para sua casa e encontram Lydia, que é capaz de vê-los devido à sua natureza estranha e por ter lido e entendido o Manual no sótão; os três se tornam amigos, mas os Maitlands ainda querem afugentar os Deetzes.


Eles decidem invocar Beetlejuice, mas sua personalidade rude os convence de que cometeram um erro, abrindo espaço para todo tipo de bizarrice acontecer, gerando cenas e momentos icônicos tornando Beetlejuice em um personagem marcante da cultura pop.

                O filme fez bastante sucesso na época, arrecadando mundialmente mais de 75 milhões de dólares ficando entre as 10 maiores bilheteria de 1988, venceu o Oscar de Melhor maquiagem, e com isso abriu portas para carreira do diretor Tim Burton revelando ao grande público seu estilo único, que mistura elementos sombrios de fantasia com estética gótica, que claramente influenciou a decisão da Warner em escolher o diretor para dirigir o filme do BATMAN lançado em 1989.

Mas não parou por ai, um desenho para tv chamado OS FANTASMAS SE DIVERTEM foi lançado e fez bastante sucesso sendo exibido de 1989 à 1991.


Anos se passaram e o diretor sempre quis retomar esse universo, após muitas tentativas com roteiros recusados e sua agenda apertada, a possibilidade de fazer uma continuação desse filme infelizmente foi ficando cada vez mais distante.

36 anos depois Tim Burton consegue voltar ao universo de Beetlejuice com filme OS FANTASMAS AINDA SE DIVERTEM: BEETLEJUICE BEETLEJUICE, mostrando as três gerações da família Deetz se reunindo novamente na famosa casa de Winter River após uma tragédia inesperada, a morte de Charles (Pai da Lydia Deetz e marido da agora viúva Delia Deetz) e nesse reencontro conhecemos a filha de Lydia, a introvertida adolescente Astrid interpretada pela Jenna Ortega.


Uma trama simples pra iniciar essa nova jornada usando o luto para reconectar a família Deetz, e aí se estabelece o principal problema desse filme, como reintroduzir esse universo depois de tantos anos que se passaram?

Qual seria a melhor opção nesse caso; seguir em frente e se apoiar totalmente na nostalgia de quem viu o filme e o desenho na infância ou atualizar uma história pra contextualizar pra uma nova geração que nem viu o filme original, e que não tem o envolvimento emocional com a obra?


Essas perguntas me vieram a cabeça e isso ao meu ver se tornou um problema nessa trama, pôs o diretor erra ao decidir contar várias histórias ao mesmo tempo, e acaba não conseguindo desenvolver todos os arcos narrativos como deveria, e os arcos que deveriam ter mais foco na trama acabam meio que se perdendo ou tendo pouca importância no seu desfecho com resoluções simples.

 

Como por exemplo o arco da vilã Delores interpretada pela Monica Bellucci, que tem uma trama de vingança que fica de lado e não se aprofunda perdendo espaço pra o personagem Wolf Jackson, um ex ator de filmes policiais interpretado por Willem Dafoe que no mundo dos mortos investiga os assassinatos cometidos pela vilã, tendo muito mais tempo de tela que ela, mas positivamente Dafoe acaba roubando a cena em varias situações criando momentos bem engraçadas.

Um fator bem importante que me chamou atenção foi perceber que o diretor Tim Burton esta se divertindo e bem solto na direção, criando momentos bem bizarros e com aquele humor negro característico que víamos lá nos seus primeiros filmes, e ao me ver isso só faz o filme crescer.


Principalmente quando o diretor abraça a nostalgia referenciando o que funcionou no filme original, focando nos efeitos práticos, utilizando animação em stop motion pra contar uma sequência de flashbacks, utilizando a maquiagem com excelência e também todo valor de produção colocado nos cenários bem surrealistas do mundos mortos, ao ponto de não sentir falta do uso CGI (que aqui é usado somente quando necessário) e tudo isso com aquele marcante trilha sonora feita por Danny Elfman colaborador em vários filmes do diretor.

Outro ponto positivo é claro a atuação de Michael Keaton como Besouro Suco, que entra na personagem com uma facilidade que não aparece que se passou tantos anos entre os filmes, também com uma grande diferença em relação ao primeiro filme que ele só teve 20 minutos de aparição, nesse novo a figura dele é muito bem explorada com algumas revelações bem interessantes sobre o passado do personagem que acrescentam bastante.


Se você só tem uma vaga memória do filme de 1988, assista novamente antes de vê esse novo filme, vai ter ajudar a embarcar melhor nesse universo doido do Tim Burton.

 

EU RECOMENDO

NOTA: 7,4/10

 

Diz aí nos comentários.

Já viu o filme? Se gostou, mande suas impressões.


Espero que tenham gostado do conteúdo, deixa sua opinião.

Eu sou o Anderson Proença e até a próxima crítica.

 

Acesse mais conteúdos no link abaixo.

48 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page