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O CORVO - DIRETOR DO FILME ORIGINAL COMEMORA FRACASSO DO REMAKE



O lançamento do remake de O Corvo em 2024 trouxe à tona uma das questões mais complexas da indústria cinematográfica: o risco associado ao renascimento de clássicos cultuados.


Com um orçamento estimado em cerca de 50 milhões de dólares, o filme entrou em cartaz no final de agosto com expectativas moderadas, mas o resultado nas bilheterias foi decepcionante. Em seu fim de semana de estreia, arrecadou entre 7,5 e 11 milhões de dólares, um valor muito abaixo do necessário para garantir a lucratividade e até inferior ao desempenho inicial do original de 1994, que arrecadou 11,7 milhões sem ajuste inflacionário.


Um dos fatores que pode ter contribuído para esse desempenho fraco é a mudança significativa na caracterização do personagem principal, Eric Draven, que foge tanto da versão clássica do filme de 1994 quanto da interpretação original dos quadrinhos de James O'Barr.


A nova abordagem buscava atrair um público mais jovem, mas essa decisão pode ter alienado os fãs de longa data. O personagem, que não é visto nas telas de cinema há mais de 30 anos, é pouco conhecido pelas novas gerações, e essa tentativa de modernização pode ter falhado em estabelecer uma conexão com o público-alvo.


As críticas ao remake não vieram apenas dos fãs, mas também do diretor do filme original, Alex Proyas. Ele expressou sua insatisfação, afirmando que o novo filme representa um "cínico caça-níquel" que desrespeita o legado deixado por Brandon Lee, que faleceu tragicamente durante as filmagens do filme de 1994.


Em suas redes sociais o diretor vem publicando posts com uma espécie de comemoração ao inevitável fracasso do remake.


"Uau. As Criticas são brutais"




"Uau. A bilheteria virou um banho de sangue"




"Eu sabia que esse remake era uma tentativa cínica de ganhar dinheiro. Mas parece que não há muito dinheiro para ganhar"


Proyas acredita que o original não deveria ser reimaginado, mas sim preservado como um tributo ao talento e à memória de Lee. Ele também ressaltou que a resposta negativa dos fãs ao remake reflete o descontentamento com as mudanças feitas.



Em resumo, o desempenho de O Corvo (2024) reflete as dificuldades de equilibrar a modernização de um clássico com a preservação de seus elementos essenciais, especialmente em um mercado competitivo e saturado. A crítica de Proyas e a reação do público sugerem que, ao tentar conquistar novas audiências, o filme pode ter perdido o que tornava o original tão especial para seus fãs.


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