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O CORVO – CRÍTICA (SEM SPOILER)

Atualizado: 22 de ago.

“Um amor de verdade nunca morre”

No dia 31 de março de 1993 uma das maiores tragédias da história do cinema aconteceu, o ator Brandon Lee interprete do personagem Eric Draven falecia aos 28 anos em decorrência de um tiro acidental no set de filmagens do filme O CORVO dirigido por Alex Proyas.


Brandon Lee foi levado às pressas para o New Hanover Regional Medical Center, após dez horas de tentativas frustradas para salvá-lo, acabou morrendo por hemorragia interna durante sua cirurgia de emergência.

A cena fatal ocorreu durante o flashback do personagem Eric Draven, quando este entra em seu apartamento e descobre que sua noiva está sendo

espancada e estuprada por bandidos.


O personagem "Funboy" interpretado pelo ator Michael Massee disparou o revólver 44 Magnum no ator, e a pólvora do festim fez com que o projétil que estava preso no cano fosse acidentalmente liberado, perfurando o abdômen de Brandon Lee.

Depois de toda a investigação que levou meses, promotoria concluiu que não iria aplicar nenhuma punição pela morte de Lee, embora tenha ficado claro que houve algum tipo de negligência. O vídeo com a filmagem do acidente foi utilizado para contribuição nas investigações e depois, permanentemente destruído como parte de acordo judicial.

A produção do filme foi retomada e a maior parte já estava filmada, porém 3 cenas importantes foram feitas com ajudar do na época dublê Chad Stahelski, hoje conhecido diretor da franquia JOHN WICK, utilizaram tambem efeitos digitais e foram reaproveitados cenas não-utilizadas que Lee havia filmado, chegando a isolar a figura do ator digitalmente para incluí-lo em outros cenários quando necessário. E no dia 13 de maio de 1994, era lançado nos cinemas o filme O CORVO que é considerado um tributo ao legado de Brandon Lee. Com um orçamento estimado em US$ 23 milhões, e arrecadou US$ 94 milhões mundialmente. Por isso, é considerado um sucesso de público e bilheteria.

30 anos depois é lançado o remake do filme O CORVO dirigido Rupert Sanders, que tem em seu currículo, os filmes BRANCA DE NEVE E O CAÇADOR com a atriz Kristen Stewart e A VIGILANTE SO AMANHÃ - GHOST IN THE SHELL com atriz Scarlett Johansson.


Claro assisti novamente o filme original um dia antes para relembrar a trama, e quando fui assisti essa nova versão eu tentei ser o mais imparcial possível e mergulhar nessa nova visão do personagem sem tentar comparar com o original, mesmo sabendo que essa comparação inevitavelmente pesaria no resultado final.

A grande diferença nessa nova visão em relação ao filme original que seguia uma estética bem gótica, até mesmo fantasiosa e poética em vários momentos, e que nesse novo filme o diretor tem uma visão da trama passada nos dias atuais, por mais estranho que pareça, isso não me incomodou tanto no primeiro momento. Porém uma coisa que atrapalhou demais a narrativa foi o excesso de contextualização de tudo que é mostrado na história, querendo explicar quem é a Shelly, quem o Eric, quem é o vilão, todo aquele amor entre o casal e suas decepções e motivações. Isso normalmente é o que se espera nos filmes, mas nesse caso isso cria uma barriga enorme principalmente no inicio da trama e um pouco menos ao longo dela, e uma nova subtrama foi criada pra justificar o assassinato do casal, bem diferente da que já conhecemos da Noite do Demônio (a noite que precede o Halloween), para iniciar a tão demorada jornada do Eric Draven.

Eu sempre achei o ator Bill Skarsgård meio estranho nos projetos que ele escolhe, mas curto suas atuações e aqui ele consegue fazer um Eric que você simpatiza e acredita no amor que ele sente pela Shelly, mas quando ele começa buscar a tão esperada vingança, o diretor opta em colocar as performances de luta mais pé no chão, mostrando que ele não tem habilidades especiais (além do poder de regeneração dos seus ferimentos) ao ponto de se atrapalhar durante as violentas sequências de ação, que são um ponto alto justificando a classificação 18 anos.


O longa tem uma boa trilha sonora, utilizando as letras como forma de expressão de sentimento do Eric durante as sequências, valorizando a atuação do Bill que é um das poucos coisas que se salvam desse remake\reboot. Já o vilão Vincent Roeg interpretado pelo ator Danny Huston, mesmo sendo bem genérico tinha um grande potencial por causa do poder ele tem que é bem interessante, mas infelizmente não foi explorado de forma adequada, tendo um embate fraco na sequência final do longa.

Em resumo, eu percebi que as decisões da parte direção e roteiro, não foram tomadas pensando nos fãs dos quadrinhos e nem do filme e sim para uma geração atual, deixando tudo muito explicado e não dando chance de quem esta assistindo pensar no que vai acontecer na trama além da vingança que todos nos esperamos.


Acredito que o filme funcione pra quem não vivenciou a importância e todo o pesar que o filme de 1994 carrega, mas também penso que faltou mais respeito as obras que esse novo filme se inspirou.

 

EU NÃO RECOMENDO

NOTA: 4 /10

 

Diz aí nos comentários.

Já viu o filme? Gostou?


Espero que tenham gostado do conteúdo, deixa sua opinião.

Eu sou o Anderson Proença e até a próxima crítica.

 

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