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Anderson Proença

MUFASA: O REI LEÃO – CRÍTICA (SEM SPOILER)

Atualizado: há 56 minutos

“Simba. Olhe para as estrelas, os grandes reis do passado estão nos observando no céu. Quando você se sentir sozinho, lembre-se de que os reis sempre estarão lá para guiá-lo, e eu também." Mufasa



Depois do grande sucesso absoluto de público, crítica e arrecadação da animação o Rei Leão lançado em 1994, sempre se comentava se um dia seria possível uma versão "Live Action". Mais de 25 anos passados a tecnologia permitiu que isso fosse realizado e esse sonho dos fãs logo virou um grande pesadelo, o filme O Rei Leão de 2019 foi dirigido por Jon Favreau, até então nome forte dentro da Disney com muitos projetos de sucesso, e mesmo com a enxurrada de criticas que o longa sofreu, conseguiu arrecadar os impressionantes mais de 1.6 milhão de dólares na bilheteira mundialmente, se tornando a segunda maior bilheteira de 2019 só perdendo pra Vingadores: Ultimato.

 

 Confesso que na época quando assisti, fiquei bem impressionado com o avanço da tecnologia do CGI usado em todo aquele realismo deslumbrante, a trilha sonora do Hans Zimmer era maravilhosa e todo aquele fanservice sensacional, a trama era super fiel ao de 1994, estava tudo lá. Porém quando eu fui rever me preparando para a cabine de imprensa de Mufasa, eu me incomodei bastante com toda falta de empatia que senti por aqueles personagens e o quão frio e sem alma eles pareciam, e tambem me incomodou bastante a falta de expressão dos sentimentos humanos nos animais, que sempre foram tão bem utilizada nas animações da Disney que tanto gostamos.


Isso me despertou a seguinte pergunta

"QUEM AINDA TEM INTERESSE EM VÊ ESSE PREQUEL?"


Então chega aos cinemas o longa MUFASA: O REI LEÃO de 2024 quem tem a direção de Barry Jenkins (dos filmes: Moonlight: Sob a Luz do Luar de 2016 e Se a Rua Beale Falasse de 2018), que conta a improvável ascensão do amado rei Mufasa das Terras do Reino, que convoca Rafiki para contar a lenda de Mufasa à jovem filhote de leão Kiara, filha de Simba e Nala, com a ajuda dos talentos cômicos de Timão e Pumba. Narrada através de flashbacks, a história apresenta Mufasa como um filhote órfão, perdido e sozinho, até que ele conhece um simpático leão chamado Taka, o herdeiro de uma linhagem real. O encontro ao acaso dá início a uma grande jornada de um grupo extraordinário de deslocados em busca de seu destino. Seus laços serão testados enquanto eles trabalham juntos para escapar de um inimigo ameaçador e mortal.”


Esse novo longa consegue algo que achei bem positivo em relação ao de 2019, ele se aproximar muito com a animação de 1994 nos quesitos diversão e empatia com seus personagens, o diretor Barry Jenkins consegue nessa nova jornada muito mais sensibilidade, dando mais expressão aos personagens e tudo com muito cuidado mantendo longe do caricato das animações, os cenários continuam deslumbrante em vários momentos,(ainda melhor que os de 2019) beirando ao realismo, e outro grande diferencial na dinâmica das câmeras bem mais imersiva e fluida como um pássaro voando durante as cenas mais agitadas.



As versões jovens dos personagens Mufasa, Scar e Rafiki tem um destaque maior nesse longa, criando um bom desenvolvimento de suas personalidades e trama durante a jornada, e os já conhecidos Timão e Pumba, são o grande alivio cômico do longa, estão muito mais soltos e divertidos (até quebrando a quarta parede em alguns momentos.)


A parte musical tem o nome de peso do Lin-Manuel Miranda figura presente tanto nos filmes musicais quanto em peças na Broadway, que infelizmente nesse longa não fez nenhuma canção marcante, mas pra não ser injusto a música cantada pelo vilão Kiros, o Leão Albino na voz original do ator Mads Mikkelsen, e na versão em português dublado pelo ator Fábio Azevedo, eu achei muito boa.


Um ponto ainda conflitante presente desde de 2019 nesse longa , é que ele ainda não se decidiu se quer ser o mais verossímil possível (quase um documentário do National Geographic) ou fantasioso (como realmente o longa deveria ser, já que temos um monte de animais falantes).



Outra coisa que me incomoda é subestimar a inteligência do público, criando situações pra explicar o fanservice, e tem um momento quando conhecemos o personagem Taka, um filhote de outro grupo de leões que encontra o Mufasa, o jeito que ele salva o Mufasa no rio, já ficou bem claro quem ele se tornaria durante a trama, não precisava fazer essa referência 3 vezes no longa.


No geral o longa MUFASA: O REI LEÃO entre erros e acertos, tem um saldo muito positivo, longe de ser a obra-prima que foi O REI LEÃO de 1994, mas cumpre o objetivo de tirar aquela impressão ruim que tivemos em O REI LEÃO de 2019, é aquele filme pra ir vê em família pôs vai agradar o público de todas as idades, vale o seu ingresso,


EU RECOMENDO

NOTA: 7,0/10

 

Diz aí nos comentários.

Já viu o filme? Se gostou, mande suas impressões.


Espero que tenham gostado do conteúdo, deixa sua opinião.

Eu sou o Anderson Proença e até a próxima crítica.

 

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