A crescente tendência de construção de universos cinematográficos interconectados tem gerado debates acalorados entre cineastas e críticos.
James Mangold, diretor de filmes aclamados como "Logan" e "Ford vs Ferrari," recentemente expressou sua preocupação com essa prática, chamando-a de "a morte da narrativa." Segundo Mangold, a prioridade excessiva em criar franquias interligadas acaba por sacrificar a profundidade emocional e a singularidade das histórias.
Mangold argumenta que, ao focar em construir universos expansivos, os cineastas e estúdios de cinema estão mais preocupados em engajar o intelecto do público do que em proporcionar experiências emocionais autênticas.
Esse modelo, que tem dominado a indústria com exemplos notáveis como o Universo Cinematográfico Marvel e o Universo Expandido da DC, tende a transformar filmes em meras peças de um quebra-cabeça maior, onde cada produção é apenas uma preparação para a próxima.
Mangold defende que filmes independentes, com histórias completas e autossuficientes, oferecem uma conexão emocional mais profunda e uma experiência cinematográfica mais satisfatória.
Ele acredita que essa abordagem permite explorar personagens e temas de maneira mais rica e significativa, sem a necessidade de se preocupar com a continuidade e a coesão de um universo maior.
Apesar de suas críticas, Mangold não está alheio a esse mundo. Ele foi confirmado como diretor de um novo filme de "Star Wars", o que sugere uma tentativa de equilibrar seu amor por narrativas autônomas com as demandas comerciais de franquias estabelecidas.
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